Publicado 3 de fevereiro de 2021 19:53. última modificação 3 de fevereiro de 2021 19:53.

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Manifesto une fundações em torno da vacina, da vida, da democracia e do emprego no País

A moderadora, jornalista Renata Mielle, intermediou o evento que aconteceu na tarde desta quarta-feira, 03/02, por meio das redes sociais, para destacar o lançamento do manifesto. Participaram os representantes das fundações que fazem parte do Observatório da Democracia constituído pelas fundações de partidos políticos: Fundação Astrojildo Pereira (Cidadania), Fundação Cláudio Campos, Fundação João Mangabeira (PSB), Fundação Lauro Campos/Marielle Franco (PSOL), Fundação Maurício Grabois (PCdoB) e Fundação Perseu Abramo (PT) e Fundação Leonel Brizola/Alberto Pasqualini (PDT).

Para Nilson Araújo, representante da Fundação Cláudio Campos, “estamos sob o signo de duas tragédias: primeiro o colapso da saúde em Manaus, que condensa o que se espalha de maneira bastante dramática pelo Brasil inteiro”, além disso, “a tragédia social, no momento em que se agrava a pandemia e suspende o auxílio emergencial para mais de 60 milhões no momento em que as pessoas mais necessitam e há 14 milhões de desempregados. Para Nilson “essas duas tragédias têm responsável: Jair Bolsonaro”.Segundo Alexandre Navarro, vice-presidente da Fundação João Mangabeira, “ o Brasil tem 3% da população mundial e 11% dos óbitos” pela Covid-19,  “isso é uma tragédia sem tamanho e sem resposta pois as pessoas que hoje administram o país são inaptas para o que estão fazendo”.

Navarro destacou ainda a existência de  14 milhões de desempregados no Brasil e a conjuntura econômica atual que levou o país a ter cerca de 32 milhões de pessoas vivendo como miseráveis extremos.  O presidente da Fundação Lauro Campos/Marielle Franco (PSOL), Francisvaldo Mendes, destacou que “o governo brasileiro está desestruturando o País fazendo com que a miséria aumente”, para ele o Brasil não está dando conta de oferecer uma vacina para o seu povo pois não investe na área de ciência e tecnologia e nem na ampliação da produção industrial farmacêutica. 

Manoel Dias, presidente da Fundação Leonel Brizola/Alberto Pasqualini (PDT) deu ênfase aos retrocessos trabalhistas que ocorrem no governo atual “que acabou com o Ministério do Trabalho e com a legislação trabalhista”. Ele destacou que o avanço da vacina da Fiocruz, a Coronavac, que é a que o Brasil conta hoje, se deu não por ação do governo federal, mas por causa da atuação do governo de São Paulo. 

O presidente do conselho consultivo da Fundação Astrojildo Pereira, Cristovam Buarque, destacou os pontos que ele considerou principais no manifesto, entre eles a tragédia em Manaus e a elevada taxa de mortalidade no Brasil, que conta com mais de 230 mil mortos, “nada fazia crer que teríamos 230 mil mortos porque o governo não fez o dever de casa”; e a necessidade de que o governo invista para reduzir o impacto econômico na pandemia. Por essas razões Buarque conclamou a oposição a se unir em nome do impeachment de Bolsonaro, ou de seu afastamento pela não reeleição em 2022, com uma união ainda no primeiro turno das próximas eleições.

Renato Rabelo da Fundação Maurício Grabois (PCdoB) enfatizou que “o Brasil teve o pior desempenho diante da pandemia entre 98 países, como mostra nosso manifesto”, para ele a resposta do presidente Bolsonaro, desde a chegada do vírus, tem sido o contrário da obrigação de um líder da República. Rabelo conclui que Bolsonaro comete crime de responsabilidade a medida em que nega, desacredita a ciência, investe em drogas sem nenhuma eficácia e sabota as medidas para impedir a propagação do vírus e faz campanha contra a vacina. 

Já Aloizio Mercadante, presidente da Fundação Perseu Abramo, defendeu o impeachment e lembrou que “as mortes no Brasil são quatro vezes superiores à média internacional”. Diante desse quadro em que a desigualdade social é aprofundada, ele ressaltou que enquanto o número de desempregados está em 14 milhões e o daqueles que não trabalham e não procuram emprego é de 15 milhões de pessoas, há cinco anos o Bolsa Família não é reajustado e o auxílio emergencial agora deixou de ser pago. Mercadante acredita que “não há saída para crise com esse governo”. 

Acesse o manifesto aqui: https://observatoriodademocracia.org.br/wp-content/uploads/2019/01/Obs-Democracia-Vacinacao-Ja.pdf

Assista o debate na íntegra aqui: https://www.youtube.com/watch?v=pPltkcJzwsc

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