Publicado 13 de agosto de 2016 15:10. última modificação 13 de agosto de 2016 15:10.

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Miguel Arraes 100 anos

Legado de Arraes e Campos corresponde ao ideal socialista de uma nova sociedade, afirma presidente nacional do PSB

Humberto Pradera

Homenagem – 13/08/2016

O legado dos ex-presidentes do PSB e ex-governadores de Pernambuco Miguel Arraes e Eduardo Campos deve ser seguido porque corresponde às ideias socialistas de um futuro e de uma sociedade nova, afirmou o presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, durante cerimônia de aniversário de morte dos dois líderes políticos, neste sábado (13), na sede do Instituto Miguel Arraes (IMA), em Recife. Doutor Arraes, como era conhecido, faleceu há 11 anos, e Campos há dois.
O evento foi prestigiado por filiados do PSB, líderes políticos, como o deputado federal e vice-líder do PSB na Câmara dos Deputados, Tadeu Alencar, amigos e familiares dos homenageados, como a ministra do Tribunal de Contas da União, mãe de Eduardo e filha de Miguel, Ana Arraes, a viúva Renata e os filhos de Campos, João, Maria Eduarda e Miguel.
Durante seu discurso, emocionado, o presidente do PSB disse que a luta socialista dos dois grandes personagens da história do partido e da política brasileira precisa continuar. “As ideias socialistas são do mundo novo, de uma sociedade nova, de uma humanidade diferente que todos nós estamos convencidos de que é possível realizar. Mas isso será possível se nós dermos sequência ao legado que ambos deixaram, ao que ambos procuraram fazer na medida de suas possibilidades, com as contradições, governar como eles e adotar medidas que representam exatamente as ideias que vão ser vitoriosas no futuro”, afirmou.
Para Carlos Siqueira, Arraes e Campos tinham ideais, compromissos e lutas iguais pelos interesses do povo e do país. “Doutor Arraes via a questão nacional, os desafios estratégicos do Brasil e os interesses do povo brasileiro. Eu nunca conheci nenhum político depois dele, a não ser o próprio Eduardo Campos, que também tivesse essa visão sobre os problemas do Brasil. A vida de coerência, de compromisso, de realizações, de reivindicações era uma realidade para Arres, e Eduardo Campos não era diferente”.
O presidente socialista ressaltou ainda que o legado dos dois permanecerá vivo. “É um legado que nunca se apagará porque a gente não pode apagar as coisas que foram feitas. Podem querer (apagar), mas não conseguirão porque nós não deixaremos, porque nós estamos aqui, seu partido, seus amigos, seus admiradores, para defender esse legado, para defender essas ideias, para dar continuidade a isso que não pode se perder porque tem um simbolismo muito grande para o nosso povo e para o nosso país”.
O presidente do Instituto Miguel Arraes (IMA), Antônio Campos, irmão de Eduardo e neto de Arraes, falou sobre a vida política e sobre os ideais de seu avô. “Arraes sempre esteve no futuro, sempre esteve na frente das lutas políticas. Esperamos (o IMA) contribuir para manter viva a memória e tornar mais conhecida a história de um incansável construtor da democracia, no ano do seu centenário. Arraes foi um guerreiro na luta do seu povo e dos outros povos. Foi um cidadão que não perdeu as suas raízes essenciais e sempre teve o pensamento voltado para o mundo, mas com os pés fincados em sua terra nordestina. A vida de Arraes foi o seu discurso”, finalizou Campos.
Renato Casagrande, presidente da Fundação João Magabeira (FJM), afirmou que Arraes e Eduardo tinham uma essência, uma razão de viver para o povo. “Todos nós temos uma essência, uma razão de vida. E nós sabemos que Arraes e Eduardo tinham isso. A essência precisa ter o entusiasmo, a alegria de viver, de realizar, de trabalhar para o povo e ter noção dessa responsabilidade. Eu vejo essas características em Eduardo Campos e em Miguel Arraes”, afirmou.
O governador de Pernambuco, Paulo Câmara, também esteve presente nas homenagens e ressaltou a importância da herança dos dois líderes socialistas. “Poucos partidos tiveram entre seus líderes duas personalidades desta dimensão. Arraes e Eduardo não passaram por este mundo em vão. A caminhada que fizeram, as ideias que defenderam e as ações que realizaram testemunham o compromisso e a validade da luta que empreenderam, mas não podem nem devem ser esquecidos porque não pertencem ao passado, mas ao futuro. Erguer essas bandeiras, preservar e difundir esse legado é nossa responsabilidade, assim como é tarefa de muitos outros companheiros que um dia se reuniram sob a liderança de Arraes e Eduardo”, disse.
O filho de Eduardo e neto de Arraes, João Campos, também lembrou a vida dos dois socialistas. “Eles sempre tiveram caminhos difíceis a serem traçados na vida. Seja Doutor Arraes na sua história de vida dura, desde muito cedo saindo do Ceará e entrando na política, sofrendo na ditatura. Seja Eduardo que nasceu e cresceu durante a ditadura sem conhecer o avô, mas depois se iniciou na política. Os dois foram muito exitosos em tudo que fizeram porque dedicaram todo seu tempo aquilo”.
O prefeito do Recife, Geraldo Julio, afirmou que o IMA cumpre papel fundamental para guardar a história de um dos maiores líderes políticos do Brasil, que inspirou e ainda inspira o povo.”(Arraes) Sempre foi muito transformador e inovador. Sempre fazendo a gente pensar naqueles que mais precisam com mais urgência, trazendo inclusive muitos pensamentos diferentes do cotidiano para atender aos que mais precisam. Então, é importante que o instituto possa estar preservado e em condições de funcionar”, pontuou.
Já o presidente estadual do PSB em Pernambuco, Sileno Guedes, ressaltou o trabalho da FJM e o caráter contemporâneo das ideias de Arraes. “A Fundação João Mangabeira tem um iniciativa de extrema importância para nós pernambucanos e brasileiros e, sobretudo, nós do PSB, que é de ajudar na preservação desse farto material, desse legado que Doutor Arraes produziu na sua vida pública e que serve como referência para gerações futuras e atuais”, disse.
Convênio para preservação da memória
O Instituto Miguel Arraes (IMA) e a Fundação João Mangabeira (FJM) assinaram um convênio para a preservação e divulgação das obras de Arraes. Além disso, foram lançados o blog comemorativo do centenário de Miguel Arraes e o livro “Porto do Renascimento – a última campanha de Arraes”, de autoria do jornalista Marcos Cirano. A Igreja dos Mórmons também entregou um estudo sobre a árvore genealógica da família, que será disponibilizado no site Family Search.
Sobre a formalização do convênio, o presidente da FJM, Renato Casagrande, afirmou que a preservação das obras de Arraes fortalecerá as ideias socialistas e do Partido Socialista Brasileiro, além de mostrar mais sobre a história política brasileira a mais pessoas. “Que nesta casa (o IMA), as pessoas possam vir e sentir o espírito da democracia e dessa nova política que nós ansiamos tanto nesses dias”, disse.
O governador Paulo Câmara destacou o esforço para assegurar a conservação do acervo do IMA e da relevância história, cultural e política para Pernambuco e o Brasil. “Esta ação engrandece sobremaneira nosso partido e nossa Fundação. Sei que a disponibilização ao acesso público e a difusão do legado de Miguel Arraes são partes importantes da ação política do PSB. De certa maneira, a própria história do nosso partido também está aqui pronta para ser partilhada”.
Flores em homenagem aos líderes
Antes da cerimônia no IMA, o presidente do PSB, Carlos Siqueira, o presidente da FJM, Renato Casagrande, o governador de Pernambuco, Paulo Câmara, e familiares de Eduardo Campos e Miguel Arraes depositaram flores no túmulo dos dois líderes do partido, no Cemitério de Santo Amaro, na área central do Recife.
Emoção marca missa em homenagem a Miguel Arraes e Eduardo Campos
Na noite de sábado (13), líderes políticos, familiares e amigos celebraram uma missa na Igreja Matriz de Casa Forte, no Recife, para lembrar o falecimento dos ex-presidentes do PSB e ex-governadores de Pernambuco, Miguel Arraes e Eduardo Campos.
Prestaram suas homenagens aos dois líderes socialistas o presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, o governador de Pernambuco, Paulo Câmara, o prefeito do Recife, Geraldo Julio, além da viúva de Eduardo, Renata, e os filhos João, Pedro, José e Miguel.
Assessoria de Comunicação/PSB Nacional
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