FJM lança livro sobre o Pacto pela Vida de Eduardo Campos
O evento ocorreu no Salão Paroquial da Matriz de Casa Forte, em Recife, Pernambuco.
Já a ‘Trajetória do Casal Sindicalista’ relata a convivência de quase 40 anos dos autores, que são ligados ao sindicalismo rural nordestino. Nascido em Orobó, na zona da mata, José Rodrigues teve em Geogina, sertaneja de Trindade, uma parceira de lutas e uma companheira para a vida toda. Os autores lembraram Miguel Arraes e adiantaram que o livro deverá ter um segundo volume, ampliando a temática.
Para o governador Paulo Câmara, o ‘Pacto pela Vida’ é uma conquista pernambucana que serve de inspiração para todos os estados brasileiros. “Eduardo comandou e teve a coragem de fazer o que muitos não fariam, assumindo pessoalmente a tarefa da segurança pública estadual. Construiu uma política pública de segurança que nos últimos oito anos salvaram quase nove mil vidas no estado de Pernambuco”, disse. “O legado de Eduardo está ainda mais forte. A vontade dele de fazer mais para os que mais precisam segue com a gente”, finalizou.
“O livro é a extensão da memória, da imaginação”. É o que destacou presidente do PSB Nacional, Carlos Siqueira, que lembrou da capacidade de gestão de Eduardo Campos, relatando a dedicação do socialista em relação ao tema. “Eduardo foi capaz de enfrentar a violência, a criminalidade. Ele uniu diferentes setores, da sociedade civil organizada e pública para trabalharem juntos. Esta experiência exitosa está sendo conhecida e reconhecida por vários estados brasileiros. É um programa que vem enfrentando uma das principais preocupações do povo”. E completou: “Eduardo era mais que um político, era um pensador, um idealista. Hoje ele está mais presente do que nunca. Continua nos inspirando e inspirará as atuais e futuras gerações. Não podemos esquecer nossas lutas, nossas utopias e seguir trabalhando pelo país que sonhamos”.
Presidente da Fundação João Mangabeira, Renato Casagrande disse que os dois livros começaram a ser formatados em 2014, liderados pelo então presidente Carlos Siqueira. Para Casagrande, as obras prestam justas homenagens a Eduardo e Miguel Arraes. “O livro dos sindicalistas e suas trajetórias nos anima lembrando que Arraes foi um dos primeiros a compreender as lutas dos trabalhadores rurais”. Sobre o ‘Pacto pela Vida’, o socialista destacou que Eduardo apresentou ao país um conceito novo de combate à criminalidade. “Não é fácil esquecê-lo. Não é possível. Ele nos guia e sempre será a nossa referência”, completou, afirmando que o papel da Fundação é destacar as boas praticas políticas.
Autor de o ‘Pacto pela Vida’, Raimundo Rodrigues Pereira contou que a obra reúne depoimentos, estatísticas e detalhamentos do funcionamento do programa. “Eduardo era diferenciado, estudava, tinha capacidade de explicar situações e problemas complexos e sempre acreditava na mobilização do povo. Escrevi este livro para dar uma importante contribuição para o legado de Eduardo”, disse, relatando também que participou de muitas reuniões desde a concepção do ‘Pacto pela Vida’, que tem como ideia básica respeitar os direitos básicos do povo. “Eduardo tinha extrema acuidade para identificar interesses populares e mostrar caminhos. Eduardo nos faz falta, mas seu legado nos ajuda”, completou.
A Fundação João Mangabeira (FJM) lançou na noite de quinta-feira (2), em Recife, o livro ‘Pacto pela Vida de Eduardo Campos’ que relata o programa implementado pelo socialista, ainda em seu primeiro mandato, que se tornou referência como política de segurança pública. Com a iniciativa, Pernambuco foi o único Estado a reduzir, por seis anos consecutivos, os índices de violência, inclusive recebendo prêmio de gestão pública da ONU (Organização das Nações Unidas). Na mesma data, a FJM lançou também o livro a ‘Trajetória do Casal Sindicalista’, que relata as experiências dos autores como integrantes da geração que redefiniu o sindicalismo rural no nordeste brasileiro.