Publicado 29 de outubro de 2021 12:58. última modificação 4 de novembro de 2021 13:16.

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Novas formas de fazer política para atrair juventude é tema dominante do debate ‘Revolução Brasileira no Século 21’

Discussão destacou importância dos meios digitais para comunicação com eleitores

A última live do PSB, em conjunto com o Instituto Pensar, ocorrida em 28 de outubro, teve a participação do ex-governador de São Paulo e presidente da Fundação João Mangabeira, Márcio França, além do presidente do PSB e coordenador da Autorreforma, Carlos Siqueira, do redator da Autorreforma, Domingos Leonelli, e da representante da Juventude Socialista, Juliene Silva, com mediação de James Lewis. O objetivo do encontro foi debater a Revolução Brasileira no Século 21 e os processos eleitorais.

Carlos Siqueira abriu o debate, agradecendo a todos pela presença, em especial a participação do ex-governador Márcio França, elogiando sua trajetória e ressaltando a importância do assunto já que o país passa por um desgaste profundo na política. “A conscientização só se dá pelo voto”, lembrou Siqueira.

Márcio França disse ser um apaixonado pelo processo democrático e pela disputa de votos em cada eleição. “Ou se tem voto ou não se elege”, brincou o ex-governador. Para ele, hoje o principal desafio é ensinar aos velhos políticos essa nova linguagem, e com isso atrair novos eleitores. “Nós temos que aprender essa linguagem nova. Nós somos de uma geração que conquistou a democracia, mas hoje se passa despercebido o valor do voto. Os partidos perderam o lastro com a realidade e a grande maioria dos eleitores não acompanha o cotidiano do fazer política, só acompanha pelas redes sociais ou pela televisão”.

Para França, a reforma política ideal é aquela que passa pelo digital e é preciso se aproximar do eleitor. Como fazer isso? Mudando. “A única fórmula de não mudar é não mudar nada”, disse o ex-governador referindo-se ao experimento de novas técnicas e formas de fazer política, como o ‘reality show’ que está estreando, teve milhares de inscritos e vai ser transmitido pelas redes sociais. “O intuito é mostrar como trabalha, a forma que trabalha e como fazer política de fato”, explicou.

Domingos Leonelli afirmou que o tema levantado por Márcio França já está inserido no documento da Autorreforma. No capítulo de Socialismo Criativo já existe um tópico que vai tratar da democracia digital, mas Leonelli declarou que é preciso mais. “É preciso transformar as teses do partido em teses populares, passíveis de serem absorvidas, com linguagem clara e que transformem vontade em voto”, concluiu Leonelli. A força ideológica também foi citada por ele em sua fala, exemplificando o tema com a eleição de Jair Bolsonaro. “O fenômeno ideológico tem seu lugar nas eleições e é preciso estar atento a isso.”

Juliene Silva trouxe o ponto de vista do jovem que não tem na mídia convencional sua forma de atualização e, sim, as redes sociais. “A minha geração escolhe o médico através das redes sociais, escolhe os profissionais que quer se relacionar pelas redes sociais e os políticos também”, explicou. Para ela, essa geração se comunica de uma forma diferente e enxerga política também de formas diferentes e que é preciso trazer para dentro da reforma esses assuntos, de maneira que atraia os jovens e os faça parte integrante dessa mudança.

Encerrando o debate, Carlos Siqueira falou da importância de se ter outras cabeças pensando em como promover essa mudança no modo de fazer política e militância, pois não há revolução sem correr riscos e é chegada a hora de o PSB correr esses riscos.

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