Publicado 29 de abril de 2019 15:05. última modificação 29 de abril de 2019 15:05.

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PSOE garante vitória da esquerda na Espanha

Os socialistas espanhóis impuseram uma derrota histórica à direita conservadora neste domingo (28) com a vitória nas urnas do Partido Socialista (PSOE), do atual primeiro-ministro Pedro Sánchez.

O PSOE conquistou 123 cadeiras (de um total de 350) no Parlamento, um crescimento expressivo em relação às 84 atuais e a melhor marca desde 2008. O desempenho consolida Pedro Sánchez como líder partidário.

O partido foi o partido mais votado na maioria das regiões da Espanha e em todas as comunidades autônomas. A legenda só não venceu em quatro lugares: Catalunha, País Basco, Navarra e a cidade de Melilla. As eleições gerais deste domingo, a terceira em menos de três anos, contaram com uma participação histórica do eleitorado de quase 76%, o maior desde 1996.

O bloco de esquerda recebeu mais votos que o de direita. O Podemos, de Pablo Iglesias, obteve 42 cadeiras e deve ser um aliado natural do premiê. Juntos, eles têm 165 deputados, e precisarão do apoio de partidos menores para chegar à maioria de 176.

Na noite deste domingo (fim de tarde no Brasil), centenas de militantes do PSOE já se aglomeravam em frente à sede do partido, na Rua Ferraz, no centro de Madri, para celebrar a vitória.
Após o anúncio do resultado, o líder socialista discursou para a militância em frente à sede do PSOE, na capital. Em meio a um mar de bandeiras vermelhas, Sánchez falou à multidão.

“Mandamos um recado à Europa e ao resto do mundo. É possível derrotar o autoritarismo e a ‘involução’, afirmou Sánchez.

“Não importa o que aconteça, o Partido Socialista ganhou. Isso mostra que temos uma democracia sólida e de qualidade. Vamos governar a Espanha, avançar na política social e acabar com a desigualdade. Hoje, ganhou o futuro e perdeu o passado”, afirmou.

Os resultados demonstram que a onda de conservadorismo radical não se materializou no país, conforme a previsão de especialistas.

O PP, de direita, terá 66 assentos, contra 135 hoje. É o pior desempenho da história do establishment conservador espanhol. Pablo Casado, líder do partido, substituiu Mariano Rajoy e escanteou a ala moderada da legenda, dando ao PP um viés mais reacionário do que o praticado nos últimos anos.

As outras legendas de direita eleitas foram o Ciudadanos, com 57 deputados, e o extremista Vox, que elegeu 24 parlamentares – os três partidos somados têm 147 cadeiras.

O pleito deste domingo é o terceiro em menos de três anos e meio no país. Em fevereiro, Sánchez se viu se obrigado a convocar eleições após ver sua proposta de Orçamento para 2019 reprovada no Congresso.

Fonte: Portal do PSB Nacional

Com informações do Estado de S. Paulo e da Folha de S. Paulo

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