Publicado 7 de maio de 2016 12:21. última modificação 7 de maio de 2016 12:21.

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PSB não abrirá mão de ser alternativa em 2018, afirma Carlos Siqueira

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PSB – 06/05/2016

O presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, disse nesta quinta-feira (5) durante o seminário Cidades Inclusivas, em Brasília, que o partido não abrirá mão do seu projeto de candidatura própria à Presidência da República. O socialista afirmou que os brasileiros estão “apreensivos” à espera de novas lideranças na política.

“O partido se prepara para ser alternativa em 2018. Nós queremos candidatura à Presidência. Os maus costumes políticos pioraram. E, portanto, a população está esperando o surgimento de novas lideranças”, afirmou.

O evento prepara mais de 850 pré-candidatos a prefeito para as eleições municipais deste ano. Coordenado pela Fundação João Mangabeira (FJM), o seminário se estende até sábado (7).

Além de Siqueira, entre os presentes à mesa de abertura estiveram o vice-presidente de Relações Governamentais, Beto Albuquerque, o presidente da FJM, Renato Casagrande, o governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg, o vice-governador de São Paulo, Márcio França, o prefeito de Belo Horizonte e presidente da Frente Nacional de Prefeitos, Márcio Lacerda, o líder do PSB na Câmara, Fernando Coelho Filho (PE), a senadora Lídice da Mata (BA) e o senador Roberto Rocha (MA).

Calos Siqueira defendeu que o partido deve dar exemplo e não “cair na mesmice” de outras legendas que buscam apenas o interesse de buscar espaços no governo. “Deve haver um propósito para mudar a política e o país, ou os cargos não nos interessarão. Foi isso o que dissemos ao vice-presidente da República”, disse. Na última terça-feira (3), Siqueira e os líderes do partido na Câmara e no Senado, Fernando Coelho Filho (PE)  e Antônio Carlos Valadares (SE), levaram a Michel Temer uma série de propostas para o Brasil superar a crise.

“Entregamos um documento e dissemos, ‘não viemos à procura de cargos’. Não estamos pedindo cargos, não designamos ministérios. Temos a disposição de contribuir com o governo, com ou sem cargos, e isso a direção do partido vai decidir coletivamente na próxima terça-feira”, afirmou, referindo-se à próxima reunião da Executiva Nacional convocada para o dia 10 de abril.

Herança
Para o presidente do PSB,  a esquerda brasileira não deve aceitar a herança deixada pelo atual governo sem que ela seja “endereçada a quem de direito”. O socialista citou o descumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal, o retrocesso do PIB da indústria nacional ao mesmo patamar que o registrado em 1947 e o salto da dívida pública, que cresceu de R$ 560 bilhões para cerca de R$ 3 trilhões. “É essa herança maldita que vamos receber. Nós precisamos carimbar isso, porque isso não é esquerda. Isso não é progresso. Isso é irresponsabilidade”.

Quando constatou a má condução política e econômica do governo Dilma, o PSB foi o primeiro partido a deixar os cargos que ocupava no Executivo, lembrou o socialista. “Em 2013, Eduardo Campos advertiu à presidente que o governo não poderia continuar com a economia que estava desenvolvendo. Que não podia haver um governo sem diálogo, que isto ia dar muito errado” disse. “Deixamos o governo com uma carta, historiando a nossa relação, o nosso compromisso com as forças populares e com a esquerda, dizendo que isso não podia continuar, que não podia dar em boa coisa, e não deu. Lamentavelmente nós estávamos corretos”.

Siqueira observou ainda que os avanços sociais mais importantes foram conquistados com a Constituição de 1988. Depois de 2002, apenas foram criadas políticas assistencialistas que, embora importantes, não se transformaram em direito. A saúde universal e gratuita, a Previdência, o seguro-desemprego e o salário mínimo dos trabalhadores rurais, todas foram conquistas decorrentes da Constituinte.

“São conquistas sociais que não foram apropriadas por nenhum partido político. Elas  pertencem a todos que lutaram e fizeram a constituição de 1988. As conquistas sociais quando são apropriadas por um partido, elas não se transformam em direitos. Como não se tornou direito Brasil Sorridente, como não se transformou em direito o Bolsa Família. Comparados com os serviços a que me referi, elas significam muito pouco”, afirmou o socialista.

Veja um trecho do discurso de Carlos Siqueira:

Assessoria de Comunicação/PSB Nacional

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