Publicado 15 de março de 2017 20:03. última modificação 15 de março de 2017 20:03.

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História econômica brasileira é o tema do terceiro dia do curso de Economia

 

Professor Fernando Mattos ampliou explicação sobre período cafeeiro brasileiro e o processo que levou à industrialização. Mattos tem 27 anos de carreira e destaca a importância da história na economia, sobretudo para a compreensão do momento atual do País.

Quem assistiu as aulas do curso de Economia Aplicada desta quarta-feira (15/03) pode participar de uma verdadeira aula de história, relembrando importantes passagens econômicas do Brasil. O professor Fernando Mattos dedicou boa parte deste módulo a explicar o grande fenômeno da industrialização do País. A aula tratou de acontecimentos como o governo de Getúlio Vargas, a importância da economia cafeeira para a nova política brasileira, e, principalmente, os chamados Anos Dourados (1950 – 1973) quando o Brasil teve sua expansão industrial. “A era do café e a industrialização são dois pontos extremamente importantes da nossa história. O Brasil chegou a fabricar mais de 70% do café mundial, o que marcou um momento. Depois tivemos o impulso à industrialização brasileira, onde o estado teve um papel de destaque e de diferença’’, explica Mattos.

O curso completou o terceiro dos cinco dias da carga horária proposta. O mestre responsável pelas aulas é Fernando Mattos, doutor e mestre em economia pela Universidade de Campinas (Unicamp), e atualmente é professor e pesquisador do Programa de Pós-graduação da Universidade Federal Fluminense (UFF). Foi assessor econômico do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) entre 2008 e 2011, e também trabalhou no Institut de Recherches Économiques et Sociales (IRES), em Paris, em 1999. Além da carreira como assessor econômico, foi professor da PUC e autor de diversos artigos científicos.

Com 27 anos de carreira, Mattos planejou o curso para pessoas que não são da área de economia pudessem aprender e entender mais do assunto. O professor destaca que é um prazer para ele poder desmistificar o tabu da economia. “Eu fico muito contente em poder fazer esse curso de uma linguagem mais aberta, mostrando que economia não é tão difícil quanto falam. E cada vez que eu vejo os alunos interagindo, perguntando, eu sinto que estou atingindo o objetivo’’.

Economia como uma ciência social – É bastante normal associar os números ao que se refere a ciências exatas, porém, sociólogos e professores discordam. O sociólogo e membro da Fundação João Mangabeira (FJM), Dalmo Viana, explica que a economia nada mais é do que o reflexo do dia-a-dia e do planejamento social. “Essa leitura de dados econômicos significam vidas, pessoas. Economia é decisão política também, por isso é necessário estuda-la além dos números. Economia é um instrumento de decisão política’’, enfatiza Viana.

O sociólogo destaca também a iniciativa da Fundação para os jovens brasileiros, possibilitando o acesso gratuito à educação de qualidade. “O mais interessante deste curso é fornecer ensino de qualidade, com certificado e com bons profissionais totalmente gratuito. É uma iniciativa social que deve ser ampliada e aplicada em diversos estados do Brasil”.

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