Publicado 5 de fevereiro de 2018 09:26. última modificação 5 de fevereiro de 2018 09:26.

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Em seminário da SSB, Siqueira destaca militância e defende “resposta à altura” contra retrocessos

O presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, participou nesta sexta-feira (3), da abertura do I Seminário de Formação Política do Sindicalismo Socialista Brasileiro (SSB), no Rio de Janeiro.

Em seu discurso, Siqueira defendeu a unidade dos militantes do PSB e de todos os movimentos sociais para barrar os retrocessos em curso no governo de Michel Temer.

“Espero que todos nós, cada um com sua luta, suas condições e possibilidades, possa dar sua ajuda com vigor e uma resposta à altura a esse governo que infelicita nosso país”, afirmou o presidente.

O socialista defendeu ainda a autonomia dos movimentos sociais em relação a governos e partidos, inclusive o PSB.

“Os segmentos não são de propriedade de nenhum partido e no dia em que se transformarem nisso perdem todo o sentido de sua existência”.

O evento foi realizado em parceria com a Fundação João Mangabeira (FJM) e reuniu, na tarde de abertura, mais de 200 pessoas.

Entre os presentes estavam o senador João Capiberibe (PSB-AP), o deputado federal Hugo Leal (PSB-RJ), o deputado Alessandro Molon (Rede-RJ) e o ex-ministro e atual deputado estadual Carlos Minc (Sem partido-RJ).

Já no sábado, cerca de 60 participantes de 16 estados estiveram reunidos no Hotel Novo Mundo, no bairro do Flamengo, na capital.

Mobilização pelas eleições

Foto: Anderson Oliveira

“Os sindicalistas da SSB irão resistir a mais esse ataque aos direitos do nosso povo e reafirmar nossa posição contrária à essa proposta”, disse o secretário nacional da SSB, Joilson Cardoso. Foto: Anderson Oliveira

Carlos Siqueira disse que neste ano de eleições majoritárias e de crise no país, as energias dos militantes têm que ser renovadas e reforçadas para “dar um basta” ao governo “corrupto e antinacional” de Michel Temer.

“Conscientes dessa responsabilidade é que se impõe ao partido socialista, aos seus militantes, aos seus dirigentes, aos seus parlamentares que arregacem as mangas e digam ‘não vamos permitir, vamos à luta, vamos às eleições”, convocou o presidente.

“Mas nós queremos, sobretudo, que a vitória seja da população. Que vença a eleição um presidente que pense no Brasil, que goste do povo e aí nós vamos ajudá-lo a governar. Diferentemente desse governo Temer, que nada representa senão os interesses deste ente invisível chamado mercado”, criticou.

Segundo o socialista, o PSB terá candidaturas competitivas a governos em nove estados – São Paulo, Minas Gerais, Espírito Santo, Distrito Federal, Tocantins, Sergipe, Pernambuco, Paraíba e Amazonas.

Defesa de princípios

Ao lembrar as lideranças históricas do PSB com as quais conviveu – entre eles Miguel Arraes, Eduardo Campos, João Mangabeira, Jamil Haddad e Antônio Houaiss -, o presidente ressaltou os momentos de decisões importantes pelas quais o partido já passou ao longo dos seus 70 anos.

“Com todas essas figuras com quem convivi, aprendi e tive muita convergência e também divergências. Porque somos um partido democrático e por isso todos temos direito de opinar. Podemos ter diferenças e temos, isso é bom, é salutar, é normal, mas não podemos discordar das questões essenciais do partido”, afirmou.

No ano passado, a Executiva Nacional do PSB fechou questão, por unanimidade, contra as reformas trabalhista e previdenciária do atual governo e puniu os parlamentares que divergiram dessa posição.

De acordo com Siqueira, ao representar essa sucessão das grandes lideranças históricas e ao “perder” seis parlamentares punidos, o partido se esforçou para não reduzir seus recursos do fundo partidário e tempo de televisão.

 “Nós não perdemos nada disso, mas se fosse necessário para o PSB manter a sua linha histórica não teria problema. Pois não se perde o que não se tem, a única coisa que não podemos perder é a nossa identidade”, reafirmou.

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Segundo Joilson Cardoso, a reforma trabalhista retirou direitos dos trabalhadores.

Foto: Anderson Oliveira

Ameaças aos trabalhadores

O secretário nacional da SSB, Joilson Cardoso, afirmou que o seminário ocorreu num momento de extrema gravidade da vida nacional, diante da iminente ameaça de votação da reforma da previdência pelo Congresso Nacional neste mês.

“O que está sendo colocado por esse desgoverno é algo muito mais grave e acaba com a previdência pública. Os sindicalistas da SSB irão resistir a mais esse ataque aos direitos do nosso povo e reafirmar nossa posição contrária à essa proposta”.

Cardoso criticou também a reforma trabalhista em vigor. “Ela retirou direitos dos trabalhadores e destituiu o ordenamento jurídico trabalhista brasileiro com a terceirização infinita e a supremacia do negociado sobre o legislado”, completou.

A programação do seminário contou com palestras sobre a reforma da previdência e sobre as leis trabalhistas, além de reunião do conselho político da SSB e apresentação cultural.

Veja a galeria de fotos do evento no Flickr do PSB:

Assessoria de Comunicação/PSB Nacional

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