Publicado 23 de julho de 2021 11:32. última modificação 23 de julho de 2021 11:32.

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Live da parceria com Todos pela Educação celebra iniciativas que deram certo e projeta futuro para setor no País

Um dos encontros mais aguardados e promovidos pela Fundação João Mangabeira (FJM), em parceria com a ‘Todos pela Educação’, aconteceu na última quinta-feira (22) em uma super live que deu início à parceria que visa promover o curso ‘Educação Já Municípios’ que terá 30 horas de duração divididas em 34 módulos. O curso objetiva atenuar os impactos e dificuldades enfrentadas pelo ensino a distância pela pandemia, como explicou Lucas Hoogerbrugge, líder de relações governamentais do ‘Todos Pela Educação’ e mediador do encontro.

Além de Lucas, estavam presentes o presidente da FMJ, Márcio França, a presidente da ‘Todos Pela Educação’, Priscila Cruz; os deputados federais Marcelo Freixo (RJ), Danilo Cabral (PE) e Alessandro Molon (RJ); os prefeitos do Recife (PE), João Campos; de Altamira (PA), Claudomiro Gomes; de Cachoeirinha (RS), Miki Breier; de Irecê (BA), Elmo Vaz, e a prefeita de Cáceres (MT), Antonia Eliene.

Em seu discurso de abertura, o presidente da FMJ, Márcio França, agradeceu a disponibilidade de todos os presentes e lembrou a importância da prioridade da educação em governos do PSB e da total disponibilidade da FJM em promover parcerias como essa para ajudar os municípios a retomar as aulas, após o período de um ano e meio sem aulas presenciais.
França também falou sobre a Faculdade Miguel Arraes, que trará inicialmente um curso de Gestão Pública: “Criamos uma linha de graduação que vai ajudar na preparação técnica para quando ganharmos prefeituras e governos estaduais e para que já tenhamos um banco de pessoas preparadas para exercer a função”, declarou França.

A presidente da “Todos pela Educação”, Priscila Cruz, discursou sobre a importância da resistência da entidade e o posicionamento contrário à política de educação do atual governo federal. Ela citou o programa ‘Escola Digna’, do governador do Maranhão, Flávio Dino, como um grande avanço e incentivo para a diminuição da desigualdade educacional.
“Quando a gente passar a garantir que a criança pobre tenha mais ou as mesmas oportunidades que a criança rica, quando a gente passar a dar mais para quem tem menos ou dar mais para quem mais precisa, essa será a verdadeira revolução que podemos fazer por esse país”, enfatizou Priscila, que ainda afirmou que não é preciso buscar boas práticas educacionais e projetos de sucesso em outros lugares do mundo, pois temos bons exemplos que devem ser seguidos aqui.

O prefeito do Recife, João Campos, falou sobre a falta de estratégias na educação durante a pandemia e mostrou os projetos para a pasta durante a sua gestão. “A gente tem um país que não criou uma estratégia de educação remota, não criou mecanismos de financiamento para agentes municipais e estaduais, para esse tipo de ação, e isso fez com que cada um construísse com suas próprias pernas”, relatou João.

O prefeito do Recife deu detalhes sobre a estrutura para as aulas híbridas que sua gestão implantou, como o ‘Educa Recife’, a maior plataforma de educação híbrida do país, com 45 professores treinados para aula remota, transmitindo suas aulas em TV aberta por 14 horas diárias. Além disso, houve a aquisição de 42 mil tablets com dados patrocinados para atender todos os alunos, do quarto ao nono ano. “Estamos passando esse conhecimento adiante para outras cidades administradas pelo PSB, através de uma cartilha”, contou o prefeito do Recife.

O deputado federal Marcelo Freixo falou sobre como a educação é um instrumento fundamental para a mudança de uma nação, exemplificando que, quando se melhora a educação, automaticamente melhoram-se os índices de saúde, segurança pública, mobilidade urbana, entre outros.
Freixo também se dispôs a acompanhar de perto ações e resultados da parceria. “Essa experiência de aliança e de ações em conjunto, pensando nos gestores, na capacitação e enfrentando a desigualdade é algo muito rico que eu quero acompanhar de perto, quero contribuir, quero fundamentalmente aprender com vocês”, relatou o deputado, líder da minoria na Câmara dos Deputados.

Já o deputado federal Alessandro Molon falou da impossibilidade hoje de se ter uma discussão mais ampla e assertiva sobre projetos de educação no país, já que a luta é para que não haja maiores retrocessos. “A minha luta e da dos deputados Danilo e do Freixo, é para impedir graves retrocessos e por isso tem sido tão difícil apresentar, propor e garantir avanços. Nós estamos em um momento em que todo esforço tem sido para evitar o desmonte, a destruição, porque o governo Bolsonaro não sabe o que quer construir, mas sabe o que quer destruir, e a educação está em um desses exemplos”, desabafou Molon.

O deputado federal e ex-secretário de Educação de Pernambuco, Danilo Cabral, falou sobre o futuro e reiterou que é preciso definir um caminho para o país no pós-pandemia. “A sociedade civil tem um desafio, que é o de salvar vidas, mas tem um ainda maior, que é apontar um caminho para o pós-pandemia, e isso é uma tarefa que exigirá capacidade de diálogo, articulação e formulação. Estamos vivendo um estado de guerra e a gente só vai vencer o pós-guerra se investirmos em educação, assim como outros países fizeram e mudaram sua história, como a Coreia fez em 50 anos”, declarou Cabral.

Motivador, o encontro contou ainda com as experiências e desafios de prefeitos cidades de diversos cantos do país e mostra como juntos podemos fomentar a educação de qualidade e ajudar nossas crianças e adolescentes a enfrentar os desafios do pós-pandemia e da desigualdade educacional.

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