Publicado 3 de setembro de 2020 20:45. última modificação 3 de setembro de 2020 20:45.

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Fundação João Mangabeira participa do lançamento de manifesto suprapartidário em defesa da vida, da democracia e do emprego

Elaborado para fazer frente aos prejuízos humanos, econômicos e sociais provocados pela pandemia de Covid-19 no Brasil, o manifesto Em defesa da vida, da democracia e do emprego, foi lançado no último dia 2 de setembro pela Fundação João Mangabeira e mais seis fundações partidárias.

A moderação e abertura do evento virtual de lançamento do manifesto foi realizada pela jornalista Cynara Menezes, autora do blog Socialista Morena, que apresentou os participantes e lembrou que todos falariam sobre a importância do manifesto.

Vice-presidente da Fundação João Mangabeira, Alexandre Navarro abordou a relevância do Observatório da Democracia e se referiu sobre as videoconferências realizadas, em que foram discutidos temas importantes para o país como saúde, educação, participação popular, democracia e economia, entre outros. “É uma grande conquista podermos juntar fundações que politicamente têm divergências, e termos criado um movimento – desde 2017 – com fundações de partidos progressistas que se juntam para propor políticas públicas”, destacou o vice-presidente da FJM.

“Vejo o significado dessa nossa iniciativa absolutamente inovadora e fundamental na conjuntura em que vivemos”, disse Aloizio Mercadante, presidente da Fundação Perseu Abramo. “Esses partidos e essas fundações têm o diagnóstico de que vivemos uma grave crise política, uma ameaça ao Estado de Direito e à democracia, uma perversa crise sanitária e econômica. E nesse manifesto destacamos que os partidos de esquerda têm história e um programa que no essencial é unitário para enfrentar essa crise”, completou Mercadante.

Manoel Dias, da Fundação Leonel Brizola / Alberto Pasqualini, lembrou que temos que garantir a nossa sobrevivência para depois podermos divergir. “E nossas fundações têm dado exemplo aos nossos próprios partidos, de que é fundamental essa unidade. É com ela que alcançaremos boa parte da população para nos envolvermos em um grande debate necessário para encontrarmos saídas”.

Nilson Araújo, da Fundação Cláudio Campos, ressaltou que o manifesto está sendo lançado num momento em que vivemos uma verdadeira tragédia nacional. “As fundações têm a proposta de manter as medidas emergenciais até o fim da pandemia. De um lado para sairmos da crise econômica, e, do ponto de vista sanitário, propor a vigilância epidemiológica, ou seja, o rastreamento das pessoas contaminadas para bloquear a transmissão do vírus”, concluiu Araújo.

“Nesse manifesto oferecemos como contribuição ao debate uma síntese de medidas que, combinadas, possam enfrentar simultaneamente a emergência sanitária e econômica”, sinalizou Renato Rabelo, da Fundação Maurício Grabois. “Nosso esforço político é propor um novo caminho inteiramente distinto do aplicado pelo presidente da república e sua equipe”, completou Rabelo.

Francisvaldo Mendes, da Fundação Lauro Campos / Marielle Franco, lembrou que o grande debate que veio com a pandemia é sobre o modelo de Estado que queremos. “Temos um Estado que é dominado por uma minoria que se apropria dele para beneficiar seus negócios, e o que realmente precisamos é de um Estado que seja para a maioria da população. Para enfrentar a pandemia é necessária a capacidade de uma política econômica que dê vazão para um Estado que beneficie a todos”.

O Deputado Federal Paulo Teixeira (PT) ressaltou que o governo Bolsonaro é um desastre para o povo brasileiro por permitir a morte de muitos cidadãos que poderiam ter suas vidas preservadas caso esse fosse um governo da vida, e não da morte. “Bolsonaro também promoveu a morte de muitas empresas e empregos por incúria, por incapacidade, mas protegeu bastante as empresas dos mais ricos, como, por exemplo, por meio da liberação de recursos de 1,2 trilhão para os bancos”. O Deputado ainda lembrou que o evento de lançamento do manifesto tem um enorme valor político por mostrar que a oposição está unida e vai continuar unida em torno da democracia.

Para a Vice-Governadora de Pernambuco Luciana Santos (PC do B), o que vimos do governo Bolsonaro referente a medidas contra a pandemia foi um verdadeiro descaso, um desrespeito com o povo brasileiro. “Ele utilizou a pandemia como estratégia eleitoral, e o Brasil, portanto, precisa de um projeto alternativo para superar esta que é a maior crise econômica, política e sanitária do século”, denunciou Luciana, que ainda exaltou o processo de concretização do manifesto. “Esse conjunto de ideias apresentadas é a síntese de um intenso e frutífero processo de elaboração que reuniu distintas iniciativas em curso na sociedade brasileira, com o objetivo de fazer frente aos impactos humanos, econômicos e sociais que são provocados pela covid-19”, concluiu a Vice-Governadora.

“A oposição brasileira ao governo Bolsonaro tem um projeto de país, sabe para onde encaminhar o país”, salientou Alessandro Molon, Deputado Federal pelo PSB.  “E nós não somos a oposição que apenas diz não aos erros do governo. Somos também a oposição que apresenta um caminho alternativo, e é isso que está traduzido nesse manifesto”, explicitou Molon.Ao final da conferência, Cynara Menezes informou ao público que o manifesto poderia ser encontrado integralmente no endereço online   www.observatóriodademocracia.org.br e agradeceu a todos os participantes.  “Eu, como jornalista de esquerda, fico muito feliz com a união dessas fundações e espero que seja o início de uma futura frente ampla de esquerda para derrotar o fascismo no Brasil”, finalizou Cynara.    

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