Publicado 23 de março de 2018 09:54. última modificação 23 de março de 2018 09:54.

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Espírito Santo - ES, Todos Estados

FJM-ES realiza Laboratório de Inovação Política para os Segmentos Sociais

Realizado no sábado (17/3), no Hotel Aruan, em Vitória (ES), o primeiro dia do Militância 40 – Laboratório de Inovação Política para os Segmentos Sociais contou com a presença de mais de 40 militantes do Partido Socialista Brasileiro (PSB) e com apoio da Fundação João Mangabeira (FJM).
Proposto e idealizado pela Coordenação Estadual da FJM e do PSB-ES, o evento apresentou painéis de discussão e formação sobre o cenário local e nacional, levantando questões como inovação, organização e execução política.

Foram oito horas de atividade, com quatro palestrantes e uma oficina interativa. O consultor de marketing político, Ronaldo Cassundé, abriu a programação com o tema Inovação Política. Diretor da empresa Gôndola, o empresário apresentou os conceitos do marketing político e seu papel nesse setor de formação e inovação: “O marketing é um estudo de mercado em constante movimento”, pontuou em sua abertura.

Casssundé abordou as estratégias e o planejamento na organização política, bem como a importância da direção de uma ação política – entender qual o perfil e segmento do seu público e direcionar seu discurso. Unindo o marketing à inovação, Cassundé palestrou sobre a necessidade de organização e identidade de um partido político.
“A inovação estuda a mente humana e o comportamento de liderança do ser humano. Falar em inovação política é falar de alta performance. Estamos falando de saber fazer as coisas. Gestão. Precisamos trabalhar as lideranças das pessoas, das instituições, dos partidos”, concluiu.

Desafios para a organização política

O professor e consultor em Marketing Político, Darlan Campos, deu continuidade aos assuntos abordados por Cassundé, com a palestra “Perspectivas 2018: o cenário social e eleitoral”. Com base em dados da pesquisa estatística Retratos da Sociedade Brasileira: Perspectivas para as eleições de 2018, realizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), o palestrante apontou um cenário de pessimismo e desorganização política sob a ótica do eleitor brasileiro.

Darlan indagou ao público as possíveis dificuldades e desafios para o PSB na atual conjuntura do país. Foram destacados essa desmotivação política e a importância de um projeto partidário como principais pontos a serem trabalhados na conquista do eleitorado brasileiro.
“O voto no Brasil ainda é personalístico. O partido contribui, mas o eleitor olha para a pessoa, para o representante. Estamos falando de relações. A militância consegue ser esse interlocutor entre o eleitor e o partido. É possível transformar crítica política em participação e essa participação em mobilização. Há desafios para a organização política, mas há espaços”.

Qualidade política

Terceiro palestrante, o Deputado Estadual Sérgio Mageski levou para debate o tema “Qualidade Política: planejamento, valores e princípios, ética, participação e controle social”. O político apontou a relação e o papel entre os três poderes da esfera pública – legislativo, executivo e judiciário -, o político e a população brasileira.

Mageski ressaltou que, no atual momento de crise política e descontentamento do eleitor, o discurso político precisa ser maduro e honesto, sem grandes promessas que não poderão ser cumpridas, “Precisamos trabalhar a formação política e decidir se praticamos o discurso ou o exemplo na política”, destacou o deputado que, ainda, discutiu as diferenças no papel e nas cobranças exercidas sobre um vereador, prefeito, deputado e governador.

Novos movimentos políticos

O último palestrante foi Felipe Rigoni, líder regional do Movimento Acredito e estudante de Políticas Públicas da Universidade Oxford, na Inglaterra. O jovem trouxe para os presentes na ocasião a importância dos grupos sociais interativos e exemplos de como a inovação na política é algo possível e extremamente essencial para a democracia: “Hoje, já temos tecnologia para interagir com os eleitores e fazer com que eles participem da política junto com seus representantes”. Rigoni deu o exemplo do aplicativo para celular “Meu Vereador”, que estreita a relação do político com a população e inclui a opinião do eleitor nas decisões acerca de Projetos de Lei e demais pautas. “O vereador de Belo Horizonte que inventou a ferramenta notifica seus eleitores sobre agendas da Câmara Municipal pelo App e eles têm a liberdade de opinar e influenciar nas decisões”, explicou Rigoni.

FJM-ES realiza Laboratório de Inovação Política para os Segmentos Sociais (3)

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