Publicado 22 de junho de 2021 17:20. última modificação 22 de junho de 2021 17:24.

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Dino e Freixo chegam ao PSB e reforçam trincheiras socialistas

Marcelo Freixo e Flávio Dino se filiaram ao PSB. 

Texto  Iara Vidal e Michelle Portela com edições da assessoria da FJM

Fotos: Leonardo Hladczuk 

O governador do Maranhão, Flávio Dino, e deputado federal Marcelo Freixo agora estão oficialmente filiados ao Partido Socialista Brasileiro (PSB). O ato de filiação ocorreu na manhã desta terça-feira (22), na Fundação João Mangabeira, em Brasília (DF).

Em todos os discursos de boas-vindas, prevaleceu a ideia de uma disputa unificada de oposição para as próximas eleições. O presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, destacou a importância da chegada de Freixo e Dino aos quadros socialistas.

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O dirigente socialista informou que o projeto do PSB é criar um dique Rio de Janeiro – São Paulo – Minas Gerais para barrar o autoritarismo. Ele comentou que o dilema do partido não é entre esquerda e direita, mas entre autoritarismo e democracia. “A frente ampla é determinante para restaurar a plenitude democrática. Essa parceria nos fortalece”, ressaltou. “Os novos filiados ao PSB representam um reforço extraordinário a essa luta democrática que empreendemos com demais partidos de oposição. Terão um papel significativo no nosso partido, que tem procurado, com a Autorreforma, fazer sua autocrítica para refundar o sistema político.”

Em sua fala, Siqueira exaltou a coragem de Freixo de estar na política, mesmo correndo risco de vida e confirmou a candidatura do deputado ao governo estadual do Rio de Janeiro. “Precisamos de uma frente ampla para derrotar este governo terrível e o Marcelo Freixo vai resgatar o Rio de Janeiro das milícias bolsonaristas e devolver à democracia.”

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Foto: reprodução

O presidente da Fundação João Mangabeira, Márcio França, lembrou que conviveu muito com o governador Flávio Dino quando foi seu colega deputado, “certamente o Flávio foi o deputado mais brilhante que eu conheci durante aquele período que tive oportunidade de conviver com ele”.

França destacou o bom governo que Dino desenvolve no Maranhão e e comparou o perfil de Flávio Dino ao perfil do PSB, “a sabedoria dele de conciliar situações completamente divergentes,  tem muito a ver com o nosso perfil do PSB, essa coisa de você conviver com as divergências”.

O presidente da FJM ressaltou ainda a coragem do governador do Maranhão e do deputado Marcelo Freixo de dar novos rumos às suas histórias políticas juntando-se ao PSB.  

França poderá concorrer ao governo de São Paulo

Em sua fala, Siqueira, ao se referir ao ex-governador de São Paulo, Márcio França – presente ao ato -, afirmou que quer ver o nome do socialista na disputa pelo Palácio dos Bandeirantes.

“Não vejo obstáculos para formar a frente que for necessária. As decisões no partido não se dão por vontade, mas do debate para construir a unidade nos estados. Aqui é o partido da democracia e da liberdade.”
Carlos Siqueira

Militância do PSB é patriótica e socialista

Durante o seu discurso, Flávio Dino afirmou que “o atual momento exige muito da militância patriótica e socialista. A eleição de 2022 não é uma a mais, é a batalha fundamental em torno de tudo, plasmado sobretudo na constituição 1988”.

O governador do Maranhão também acredita que a “eleição de 2022 é um plebiscito entre a democracia e o projeto de extermínio do Brasil. Não Podemos cometer erros”.

Por serem militantes da democracia, Dino afirmou que a esquerda costuma não perceber os perigos que se avizinham e, para tanto, usou como exemplo 1964 e o golpe militar no Brasil e os momentos históricos que antecederam o fascismo na Itália e o Nazismo na Alemanha. “Tendemos a minimizar o mal, a maldade, acreditamos que o bem sempre vence, e vence mesmo. O perigo está matando 500 mil famílias. A nossa tarefa não é pequena, por mais absurdo que seja, o Bolsonaro será candidato a reeleição por sobre uma pilha de tragédia, sem nada de positivo para apresentar. Derrotá-lo é a tarefa de todos.”

Em outro momento, Dino defendeu uma frente que uma “os comunistas, os socialistas, trabalhistas, lulistas e petistas, mas também os liberais progressistas, os católicos progressistas, evangélicos progressistas, e sobretudo aqueles que não tem opinião política. A conjuntura não comporta uma abordagem narcisista daquilo que já fizemos no passado”. Ele destacou que a filiação ao PSB é um encontro com pessoas aliadas do direito e da justiça. “Filiar-me ao PSB tem um sabor de encontro com os que aliaram direito e justiça, com a tradição e trajetória político-histórica do país. Vamos vencer o projeto de extermínio popular desse governo. Não podemos cometer erros. A tarefa é imensa.”

PSB na luta da civilização contra a barbárie

Para Freixo, as eleições de 2022 terão como cenário a disputa entre a “civilização” contra a barbárie. Ele destacou o fato de que a disputa no Rio de Janeiro é maior que a esquerda e a direita. “O ano de 2022 será o mais importante de nossa história, será a eleição mais importante e pode ser a última”, comentou.“A gente quer contribuir para a Autorreforma do PSB. Temos que ter capacidade de ouvir a sociedade. Nossa responsabilidade é grande porque a democracia está ameaçada. Vamos para uma luta gigante no Rio de Janeiro contra a barbárie. É com o PSB que vamos fazer uma grande frente.“

O deputado afirmou ainda que a “raiva não pode substituir o amor” no ato de fazer política e que esta precisa ser pedagógica, principalmente no que diz respeito ao escutar o outro. “A gente não pode deixar a democracia escorrer pelos nossos dedos. O medo se estabeleceu no país e que a gente tenha a coragem de derrotá-lo”, afirmou.

Socialistas presentes ao ato

O ato contou com a participação de parlamentares da bancada do PSB na Câmara, entre eles os líderes do partido, Danilo Cabral (PE), e da Oposição, Alessandro Molon (RJ), Aliel Machado (PR), Gervásio Maia (PB), Lídice da Mata (BA), Camilo Capiberibe (AP) e Tadeu Alencar (PE).

Compareceram, entre outras lideranças do PSB, os governadores do Espírito Santo, Renato Casagrande, e de Pernambuco, Paulo Câmara, e o prefeito do Recife (PE), João Campos.Área de anexos

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